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Escoliose

Introdução

Existem diferentes tipos e causas de escoliose: idiopática, congénita, associada a outras síndromes, neuromuscular e degenerativa. A escoliose pode afetar pessoas de todas as idades, por exemplo, a escoliose idiopática pode aparecer cedo, aos seis anos ou antes, assim como ter um aparecimento mais tardio, após os seis anos, ao contrário da escoliose degenerativa que ocorre, normalmente, em pessoas com uma idade superior a 60 anos.

Escoliose idiopática do adolescente

A coluna vertebral tem uma forma tridimensional. A partir da frente, parece direita, mas quando visualizada de perfil apresenta curvas normais.

A escoliose é uma curvatura e torção anormal da coluna.

Quem a pode ter, quando e quais são as suas causas?

A escoliose idiopática do adolescente pode ocorrer em qualquer jovem. É mais comum em raparigas do que em rapazes. Será frequentemente notória durante o crescimento rápido que se dá na puberdade. Se não se conhecer a causa da escoliose, denomina-se por “idiopática”. Atualmente, algumas evidências indicam que existe um componente genético e, em alguns casos, um historial médico da condição. Normalmente, os gémeos idênticos têm curvas idênticas.

Diagnóstico

Sintomas/Sinais

A escoliose é, geralmente, notória pela alteração do aspeto das costas. Pode haver uma curva visível na coluna. As costelas podem ser mais prominentes de um dos lados, produzindo uma saliência. Um ombro pode ser mais alto do que o outro, ou a omoplata mais prominente. Por vezes, um lado da anca pode ser mais prominente.

A dor nas costas não costuma ter um papel importante na escoliose infantil.

Os exames incluem o “teste de se dobrar para a frente”, que ajuda o médico a determinar se a escoliose é significativa.

Um exame minucioso dos nervos, músculos e pele exclui frequentemente outras causas da escoliose.

É normal a realização de raios X quando se consulta um especialista. Desta forma, é assegurado de que são tirados os raios X corretos, reduzindo a exposição à radiação normal com estes exames. Nem sempre são requeridos exames de IRM. Recomenda-se que seja solicitado o parecer de especialista de um médico que trata escoliose, que avaliará o doente e o acompanhará até cessar o seu crescimento.

Por norma, o crescimento termina cerca de dois anos após a puberdade.

Tratamento

Tratamento, prognóstico e evidências/O caminho até à recuperação

O tratamento pode ser simplesmente a avaliação, revisão e garantia que a curva é ligeira e não progressiva. A curva vertebral após os 8 anos não afeta os órgãos internos nem restringe o coração nem o funcionamento dos pulmões. A participação em atividades desportivas não deve ser restringida. A curva na coluna não é uma “fraqueza” nem deve ser tida como uma incapacidade.

Em jovens em crescimento, o uso de um suporte vertebral pode reduzir a possibilidade de agravamento da curva. Após a conclusão do crescimento vertebral, a eficácia clínica de um suporte é baixa.

A cirurgia vertebral é um tratamento muito eficaz para curvas mais acentuadas, sendo a vantagem principal a melhoria da forma corporal e o conhecimento de que a curva estabilizará após a cirurgia. A cirurgia envolvida na correção da escoliose variará de acordo com a magnitude da curva e as especificidades cirúrgicas da coluna vertebral. A maioria das intervenções cirúrgicas para a escoliose envolve a correção da curva (dentro dos limites de segurança) e a fusão de um segmento num osso rígido. Este aspeto não é um problema quando a escoliose envolve apenas a área do peito, apesar de poder ser um problema quando a cirurgia também envolve a parte inferior das costas (zona lombar). Os riscos de cirurgia devem ser minuciosamente explicados e confrontados com os benefícios da cirurgia. Este processo de consentimento é uma tomada de decisão partilhada entre o médico, o doente e a família.

A EUROSPINE é uma sociedade de especialistas da coluna de várias áreas com um vasto conhecimento de patologias da coluna. Todas as modalidades de tratamento conhecidas e aceites para patologias da coluna estão representadas pelos membros da sociedade. No entanto, a Sociedade não aceita qualquer responsabilidade pela utilização de informações fornecidas; o utilizador e os seus profissionais de saúde devem assumir a responsabilidade pela respetiva gestão de cuidados de saúde.

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