A espondilolistese acontece quando uma vértebra desliza para a frente de outra.
Existem vários tipos incluindo:
- A espondilolistese degenerativa é uma doença de adultos que se desenvolve como resultado da artrite interapofisária e da remodelação de articulações. O desgaste das articulações, uma hérnia no disco ou o desdobramento interno do ligamento pode resultar no deslizamento de uma vértebra. As formas degenerativas são mais comuns em mulheres, pessoas com idade superior a cinquenta anos e em afroamericanos. Com o deslizamento, os nervos no canal raquidiano ficam comprimidos provocando dor na perna e na nádega.
- A anterolistese ístmica é causada por um defeito no limite do osso entre as articulações superior e inferior (pars interarticularis), mas também pode ser observada com uma pars alongada. Tal ocorre maioritariamente como fratura durante os anos de adolescência que, por norma, estabiliza, mas que pode, a certa altura, deslizar e/ou criar dor na perna.
- A anterolistese traumática é rara e resulta de fraturas agudas no arco neural, em vez de ocorrer na pars. Um exemplo é a coluna cervical na C2.
- A anterolistese displástica resulta de anomalias congénitas de articulações interapofisárias sacrais superiores ou articulações interapofisárias inferiores da quinta vértebra lombar.
- A anterolistese patológica é causada quer por infeção, quer por uma malignidade.
- A anterolistese iatrogénica/pós-cirúrgica é causada por complicações após a cirurgia.
É mais comum na coluna lombar inferior. Pode existir sem provocar qualquer tipo de sintomas. De facto, cerca de 50% ou mais de pessoas têm esta condição sem se aperceberem. Apenas requer tratamento, se provocar sintomas. Numa criança em crescimento, é importante que se esta for detetada, tem de ser medicamente observada até ao fim do crescimento.
O grau de deslizamento para a frente determina o “grau” do deslizamento. O deslizamento pode ser classificado como “elevado” ou “reduzido”. Normalmente, quanto mais grave for o caso de espondilolistese, maior é a probabilidade de causar dor. Tal pode ocorrer numa fase precoce da vida quando o osso alonga como resultado de uma fratura de stress, abrangendo normalmente a raiz do nervo ao nível da L5 onde termina a coluna e provoca dor na perna (espondilolistese ístmica). Mais frequentemente, a espondilolistese degenerativa ocorre com a idade e afeta os nervos contidos no canal raquidiano (semelhante à estenose vertebral). Ambos os tipos de espondilolistese (ístmica e degenerativa) podem afetar os dois lados da coluna, embora afete mais um lado do que outro, ocasionalmente. Outras condições de espondilolistese são raras, incluindo casos traumáticos ou congénitos.