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Lombalgia

Introdução

Onde fica

A coluna lombar é geralmente referida como a parte inferior das costas, sendo esta a parte da coluna entre as costelas e as ancas. É composta por 5 ossos denominados por vértebras e com almofadas entre cada osso. Estas almofadas – conhecidas por discos, ajudam quando caminhamos ou corremos, atuando como amortecedores de impacto para que os ossos não se friccionem.

A coluna lombar possui ligamentos que a suportam, sendo esta envolvida por várias camadas de músculos. No centro de cada vértebra encontra-se a espinal medula a partir da qual os nervos se ramificam para ambos os lados da coluna.

A parte inferior das costas, ou a zona lombar, garante uma variedade de funções importantes para o corpo humano. Estas funções incluem apoio estrutural, movimento e proteção de certos tecidos do organismo.

Quando nos levantamos, a zona lombar funciona para sustentar o peso da zona superior. Quando nos dobramos para a frente ou para trás, ou rodamos a cintura, a zona lombar encontra-se envolvida no movimento. Sendo assim, as lesões nas estruturas importantes para o suporte do peso, tal como os ossos, músculos, tendões e ligamentos vertebrais, podem ser frequentemente detetadas quando o corpo se encontra de pé ou ao realizar determinados movimentos.

O que é

A lombalgia é um termo genérico utilizado para descrever dor proveniente entre as costelas inferiores e a parte inferior das nádegas, que pode durar entre poucos dias a algumas semanas.

A dor nas costas pode variar. Pode ser aguda ou penetrante. Pode ser incómoda, persistente ou como uma espécie de cãibra. O tipo de dor dependerá da causa subjacente da sua dor de costas. A dor de costas é um sintoma e as suas causas podem ser várias.

Lombalgia aguda

Cerca de 80% de pessoas sofrerão de lombalgia em algum momento das suas vidas. A maioria das lombalgias agudas é, na maioria dos casos, um resultado de simples entorses ou distensões nas costas. As entorses são provocadas pela distensão excessiva ou rutura dos ligamentos e as distensões são ruturas no tendão ou músculo. Ambas podem ocorrer ao efetuar uma rotação ou levantar algo no sentido errado, levantar algo muito pesado ou devido a distensão excessiva. Tais movimentos também podem desencadear espasmos nos músculos das costas, o que também pode ser doloroso. Na maioria dos casos, a dor nas costas melhora por si mesma em algumas semanas ou com exercícios e tratamentos fisioterapêuticos para recuperar certos músculos.

Lombalgia crónica ou persistente

A maioria das pessoas recupera muito rapidamente de um episódio de lombalgia, apesar de algumas pessoas continuarem a sofrer de dores após meses ou até mesmo anos. As investigações sugerem que, na maioria dos casos, não existem novas lesões nas costas. As pessoas com dor crónica têm frequentemente dificuldade em lidar com a mesma em atividades laborais, familiares e sociais, sendo que a dor na parte inferior das costas é considerada uma causa significativa de incapacidade a nível mundial. Tal não significa que os doentes não possam aprender a gerir a sua dor.

Sabe-se que certos fatores nas fases iniciais da lombalgia estão associados com uma maior probabilidade da dor se tornar persistente.

Diagnóstico

Diagnóstico da lombalgia aguda

Sem sinais clínicos de uma doença grave, frequentemente não é necessário realizar análises de laboratório nem imagiologia diagnóstica, tal como tomografias ou raio-X. É recolhido um cuidadoso historial clínico familiar para excluir todas as causas subjacentes para além de entorses ou distensões.

Se for necessário realizar exames adicionais, estes poderão ser:

  • TAC
  • Imagiologia por ressonância magnética
  • Raios-X - inclinado para a frente e para trás.

Tratamento

Lombalgia aguda

Na maioria dos casos, a lombalgia aguda melhora por si mesma em algumas semanas ou com tratamentos fisioterapêuticos para recuperar certos músculos.

Mediante o que for recomendado pelo médico, poderá ser necessário recorrer a medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios.

É importante permanecer o mais ativo possível, caso contrário os músculos das costas tornar-se-ão fracos, o que poderá causar mais dor e inatividade. Alongamentos e exercícios suaves também podem ajudar.

A dor nas costas também pode ser influenciada por fatores como o estilo de vida, a condição física geral, a satisfação laboral, o stress, a depressão, a situação familiar, os relacionamentos, entre outros.

Lombalgia crónica

Um dos fatores mais importantes é um estado de espírito triste, muitas vezes descrito como depressão ou ansiedade. É perfeitamente normal sentir-se em baixo ao experienciar dor persistente, mas também se sabe que esta atitude dificulta a recuperação e o retomar das atividades diárias.

O médico pode recomendar uma terapia de conversa ou um programa de gestão que inclui aconselhamento ou psicologia. Tal é recomendado porque estes tratamentos têm demonstrado que ajudam as pessoas e as ensina competências para controlar e gerir a sua dor.

Atualmente sabe-se que, se um doente tiver a crença de que um determinado movimento pode resultar numa nova lesão nas suas costas, alguns doentes por vezes restringem os seus movimentos e começam a evitar certas atividades. Essa reação é frequentemente denominada por evitação por medo. Enquanto evitar um movimento específico que magoa pode não ser um problema, restringir alguns movimentos pode resultar em isolamento e depressão à medida que as pessoas evitam atividades laborais, sociais e domésticas. Algumas investigações afirmam que estes comportamentos na realidade agravam o estado físico, já que os músculos que não são usados enfraquecem.

Existe uma grande quantidade de indícios que sugerem que continuar ativo o mais possível é a melhor solução, não só para reduzir a incapacidade e melhorar o funcionamento, mas também para reduzir a depressão e a dor.

Os músculos que trabalham excessivamente acumulam ácido láctico. Estes músculos fatigados tendem a ser mais dolorosos e têm uma maior probabilidade de sofrer uma entorse (pois ficam mais duros). Alongar o músculo espasmódico é muito importante para a saúde muscular. O calor ou a massagem pode muitas vezes ajudar na irrigação sanguínea ao músculo dorido, diminuindo a rigidez muscular e o ácido láctico. Por vezes, o espasmo muscular pode ser tão grave que a pessoa não é capaz de se levantar do chão ou sair da cama, podendo até mesmo recear estar paralisada.

Frequentemente, na lombalgia crónica, o espasmo muscular crónico e a fadiga podem ser sinais de uma instabilidade subtil subjacente nas articulações nas costas. O processo de envelhecimento significa que as articulações vertebrais se desgastam ao longo do tempo, o que poderá provocar esta situação. Novamente, a reabilitação dos músculos das costas para ultrapassar a dor é a melhor solução e a forma mais segura para assegurar uma coluna saudável a longo prazo.

A EUROSPINE é uma sociedade de especialistas da coluna de várias áreas com um vasto conhecimento de patologias da coluna. Todas as modalidades de tratamento conhecidas e aceites para patologias da coluna estão representadas pelos membros da sociedade. No entanto, a Sociedade não aceita qualquer responsabilidade pela utilização de informações fornecidas; o utilizador e os seus profissionais de saúde devem assumir a responsabilidade pela respetiva gestão de cuidados de saúde.

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